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Localização: Coimbra, Coimbra, Portugal

Licenciado em Ciências da Informação

terça-feira, março 27, 2007

Como será estar contente?

Como será estar contente?

Lançar os olhos em volta,

moderado e complacente,

e tratar com toda a gente

sem tristeza nem revolta?

Sentir-se um homem feliz,

satisfeito com o que sente,

com o que pensa e com o que diz?

Como será estar contente?

António Gedeão

segunda-feira, março 26, 2007

O maior português...

Então não é que Salazar ganhou mesmo o concurso para o maior português de sempre!
Em minha opinião podem-se dar duas interpretações a estes resultados, sabendo que esta eleição não passou nem passará de um concurso num programa de entretenimento. A primeira, e quanto a mim menos improvável, é que poderá, eventualmente, ter havido militância, ou seja partidários e apoiantes de Salazar (logo de extrema direita) a fazerem telefonemas de vários telefones; mas sabemos, pelo menos por eleições anteriores que a expressão da extrema direita em Portugal não é assim significativa. Podendo também isto ser o resultado do 2º lugar de Cunhal (quanto a mim bem mais merecido)e aqui sim a hipótese militância, ganhará mais peso. A segunda, e a que me deixa mais alegre, é que isto tem que ver com o acordar lento dos portugueses em relação aos dois partidos que após 75 têm (des) governado Portugal - PSD/PS. Penso que esta eleição terá sido um primeiro cartão amarelo aos dois piores primeiros ministros de sempre de Portugal e que agora o continuam "empoleirados" (Socrates/Cavaco). Os portugueses consciencializaram-se, acordaram e fartaram-se ao ponto de preferirem um (amargo) ditador de extrema direita que tanto os fez sofrer e até mesmo alguém que no fundo será de extrema esquerda, do que estes políticos metidos a governantes que não têm feito outra coisa senão prejudicar-nos!!! Não sou nem nunca serei apoiante de Salazar... mas estes, desculpem-me são bem piores!!! Fora com eles antes que Salazar volte a pairar nas nossas cabeças.

quinta-feira, março 22, 2007

Dia mundila da água!!


"Beberei de todas as águas.
Das mais doces, às mais amargas.
Chorar-me-ei inteiro,
Até transformar-me em lago.
O orvalho, choro da lua,
Se mesclará nessas lágrimas.
Eu, dissolvida em águas.
A lua, nas minhas mágoas."


Lição sobre a água


Este líquido é água.

Quando pura

é inodora, insípida e incolor.

Reduzida a vapor,

sob tensão e alta temperatura,

move os êmbolos das máquinas que, por isso,

se denominam máquinas a vapor.

É um bom dissolvente.

Embora com excepções mas de um modo geral,

dissolve tudo bem, ácidos, bases e sais.

Congela a zero graus centesimais

e ferve a 100, quando à pressão normal.

Foi neste líquido que numa noite cálida de Verão,

sob um luar gomoso e branco de camélia,

apareceu a boiar o cadáver de Ofélia

com um nenúfar na mão.

António Gedeão

quarta-feira, março 21, 2007

Poema para a Primavera


Canção de viajante de um pajem do século XIII,
de William Alexander Percy


Jesus,
Se Tu quiseres fazer
Teus pessegueiros florescerem para mim,
E debruar de ambos os lados a estrada que cavalgo
Com ousadas tulipas de carmim,
Se Tu quiseres fazer os Teus céus tão azuis
Como os da Itália, de onde vim,
E despertares as pequenas folhas que dormem
Em cada árvore de marfim,
Eu prometo não te importunar
Para que faças enfim
Do céu o meu lar,
Mas, bem contente de mim,
Serei um pajem trovador,
No Teu jardim,
Senhor!

domingo, março 18, 2007

Contra tudo e contra todos!!!!

És mesmo diferente

Toda a gente sabe que te amo

A pedido do meu sobrinho Cláudio, vou postar aqui a letra de uma música escrita por Neil Hanon, mas adaptada e cantada por Miguel Ângelo.


Toda a gente sabe que te amo
Toda a gente sabe o que sinto por ti
Toda a gente sabe que sim... menos tu!

Eu disse à lua cheia
Cantei a noite inteira
Eu disse ao sol nascente
Sim, eu disse a toda a gente

Até disse aos meus pais
As reacções foram normais
Mas vou dize-lo a ti
Nem que vá até ao fim

Toda a gente sabe que te amo
Toda a gente sabe o que sinto por ti
Toda a gente sabe que sim... menos tu!

Toda a gente sabe que vivo por ti
Toda a gente sabe, preciso de ti
Toda a gente sabe que sim... menos tu!

Eu disse aos meus amigos
Que ficaram esclarecidos
Até acho que os cansei
Pois no fim só um guardei...

Eu digo a quem passar
Ainda faço alguèm chorar!...
Mas vou atrás de ti
Nem que vá até ao fim!

Toda a gente sabe que te amo
Toda a gente sabe o que sinto por ti
Toda a gente sabe que sim... menos tu!

Toda a gente sabe que vivo por ti
Toda a gente sabe, preciso de ti
Toda a gente sabe que sim... menos tu!

terça-feira, março 13, 2007

Ah! Quem me dera!

Ah! Quem me dera a mim volver atrás,
Sadio como o peito de um rochedo
E alegre como o sol e a Deus apraz.

Ter à mesa só bençãos do arvoredo,
Ter por piscina os veios da montanha
E abrir-me em carmes espontâneo e ledo.

Dar aos nervos selvátiva tensão
E todo eu ser feroz musculatura,
Mas por dentro macio de algodão.

Os ventos arrostar por noite escura
Entrando bem a fundo no universo,
Qual chuva apetecida em terra dura.

Esculpir pelas rochas o meu verso,
Sublime como as Tábuas do Sinai
E tal como elas noutra vida imerso.

Rezar às grutas donde a água cai,
Ao tojo bravo, que me desse a cama,
e à santa graça que nas águas vai.

Subir escarpas, leve como a Fama,
E, criancinha nua de pecados,
Ser no mar dos baixios novo Gama.

Pedir aos ventos fossem compassados,
Não estalassem ramos de fruteiras,
Nem vestissem o povo de cuidados.

Ter moinhos sem mós pelas ribeiras
E outros sem velas pelos montes claros
Para moer trigo, não, mas canseiras.

Beijar os frutos como amigos caros,
E olhos lá cima na visão de Deus,
Por Deus viver a vida sem reparos

Pobre de mim! Ah! tristes olhos meus,
Chorai! Ungi-me a face e o coração...
Lágrimas sejam minha Estrema-Unção!


Joaquim de Almeara - in: "Novas Índias"

quarta-feira, março 07, 2007

Pessoas assim... bonitas

Memórias

Renasci!!!

Depois de uma semana complicada, eis-me aqui, voltei, como prometido.

As memórias, quais auxiliares,
(Re-)voltam em minha cabeça,
Mesmo sem que eu lhes peça,
Mostram as vidas e seus exemplares.

Por vezes vêem perdidas, sem sentido,
Outras menos lembradas são esquecidas,
E eu que com este caminho lido,
Faço que muitas delas sejam contidas.

E eu que fui, vim, parti e voltei,
Nem sei para onde foram tantas idas,
Nem sei muitas vezes porque regressei.

Gosto da vida e das memórias,
Vividas intensamente...
... Gosto das histórias.